Você sabia que ainda há animais pré-históricos vivendo entre nós? Pois acredite!
Também chamados de fósseis-vivos, esses animais conservam a mesma estrutura dos seus fósseis encontrados há milhões de anos.
Esses animais sobreviveram à diversas catástrofes naturais e a intervenção do homem no meio ambiente.
Conheça 5 animais pré-históricos que ainda vivem na terra:
1. Límulo (Limulus polyphemus)

O Límulo é o representante do grupo mais antigo de animais que habitaram a Terra, os Merostomata.
Esses animais surgiram cerca de 200 a 300 milhões de anos atrás, antes mesmo que os dinossauros.
Os límulos possuem uma peculiaridade interessante: o sangue azul. Isso porque, o sangue desses animais possui alta concentração de hemocianina cuprosa.
No sangue das pessoas e dos animais são encontradas altas concentrações de hemoglobina ferrosa, que dá a coloração vermelha.
O límulo é chamado também de “caranguejo ferradura”. No entanto, essa espécie é mais próximas dos aracnídeos, como aranhas e escorpiões.
Esses animais pré-históricos possuem a capacidade de regenerar os membros perdidos e podem chegar a medir 50 cm de comprimento.
Os límulos são extremamente valiosos para a ciência. Desde a década de 1960, uma substância no sangue dos límulos vem sendo estudada para a cura de doenças causadas por bactérias. Um único animal para a extração do sangue pode valer até 2,5 mil dólares.
2. Bicho-pau da Ilha Lord Howe (Dryococelus australis)

O Dryococelus australis é tido como o inseto mais raro do mundo. Ele viveu junto com os dinossauros no período jurássico, há cerca de 200 milhões de anos.
Esse inseto habita em uma ilha da Austrália e pode atingir entre 12 e 15 cm de comprimento, sendo que as fêmeas são maiores que os machos.
Diferente da maioria dos insetos, esses bichos-pau possuem comportamento monogâmico, onde machos e fêmeas vivem juntos e o macho segue a fêmea em suas atividades.
Essa espécie de bicho-pau foi considerada extinta em 1930 devido a uma infestação por ratos na Ilha Lord Howe. Contudo, em 2001, eles foram encontrados em uma ilha próxima.
Quando apareceram, a população era de apenas 24 indivíduos adultos, que foram levados para a reprodução em cativeiro.
Atualmente, a população total desse animal pré-histórico chega a 450 indivíduos, que estão sendo introduzidos aos poucos ao seu habita natural.
3. Rã roxa (Nasikabatrachus sahyadrensis)

Esta espécie foi descoberta em 2003 e após diversos estudos comprovou-se que ela está na Terra há mais de 100 milhões de anos.
O motivo desse anfíbio ter demorado tanto tempo para ser descoberto é que ele vive no subsolo e só sobe à superfície para acasalar.
Como principal característica, a rã roxa possui uma cabeça pequena e um corpo bastante arredondado. Ela pode ser encontrada ao sul da Índia.
A partir do estudo dessa rã, os cientistas puderam saber um pouco mais sobre a evolução das rãs e sapos.
4. Tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus)

O tubarão-cobra está há pelo menos 80 milhões de anos no planeta.
Esse animal possui dentes afiados de três pontas e vive em profundidas que vão de 600 a 1500 metros, onde não há luz e a pressão da água é extrema. Para se ter uma ideia, mergulhadores profissionais chegam em uma profundidade de no máximo 200 metros.
Acreditava-se que esses animais marinhos com aparência assustadora estavam extintos. Mas um espécime de tubarão-cobra foi filmado no Japão em 2001. Em 2015 outro exemplar foi capturado na Austrália e em 2016 em Portugal.
5. Celecanto (Latimeria)

Os celecantos são peixes que vivem há aproximadamente 400 milhões de anos na Terra. Eles estão divididos em duas espécies: Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis.
Acreditava-se que eles estavam extintos. Contudo, em 1938, esses peixes pré-históricos foram encontrados no litoral da África do Sul.
Uma das peculiaridades desses animais são as barbatanas pares peitorais e pélvicas, que muito se assemelham a membros dos vertebrados terrestres.
Esses peixes são as únicas espécies vivas da ordem Coelacanthiformes e podem ser encontrados ao longo da costa do Oceano Índico.
Na idade adulta, os celecantos atingem até 2 metros de comprimento.