Alexandre III da Macedônia, mais conhecido como Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno foi um rei da Macedônia e membro da Dinastia Argéada, que era uma antiga casa real Grega Macedônia.

O rei passou boa parte de seu reinado em campanhas militares na Ásia e nordeste da África.
Por volta de trinta anos, ele já tinha criado um dos maiores impérios do mundo antigo. Para se ter ideia, o império se estendia da Grécia ao Egito e ao noroeste da Índia.

A morte de Alexandre, o Grande
O rei morreu em junho de 323 a.C, com somente 32 anos. Há duas versões em relação à morte de Alexandre.
Plutarco, que foi um biógrafo, historiador, ensaísta e filósofo platônico grego, relatou que a aproximadamente quatorze dias antes de morrer, Alexandre tinha dado uma festa e passou a noite da festa e a próxima bebendo.

Após isso, ele teve uma febre que foi se agravando até chegar ao ponto em que ele não podia mais falar.
A outra versão contada por Diodoro, que foi outro historiador grego afirmou que Alexandre começou a ter fortes dores após tomar uma grande quantidade de vinho em uma festa a Héracles. Após isso, ficou fraco por onze dias e morreu depois de passar dias de agonia.

Historiadores duvidavam da morte de Alexandre por causas naturais
Mas, como a aristocracia macedônica era propensa ao assassinato há teorias que duvidam de que a morte de Alexandre teria ocorrido por causa natural.
Além de Diodoro e Plutarco, outros historiadores e filósofos como Arriano e Justino também suspeitaram da possibilidade do rei da Macedônia ter sido envenenado.

Justino afirma que houve uma conspiração para envenenar o rei. Há relatos que dizem que Antípatro, que foi um general macedônico, poderia estar à frente desse complô, já que tinha sido dispensado da posição de vice-rei da Macedônia e estava tendo divergências com Olímpia, mãe de Alexandre.

Antípatro teria arquitetado o envenenamento juntamente com seu filho Lolas, que era quem servia os vinhos para Alexandre. Coincidentemente Iolas era o homem que servia o vinho para o rei.
Uma das negativas para que o envenenamento tenha de fato ocorrido é que houve um espaço de mais de dez dias para o começo da doença e a morte. Na época, não havia venenos que demorassem tanto tempo para agir.

Hipótese de envenenamento voltou a ser levantada recentemente
Em 2003, no entanto, em um documentário da BBC, o Dr. Leo Schep levantou a hipótese de que a morte de Alexandre poderia ter sido causada por flores brancas de heléboro (Veratrum album). Essas flores podem ser usadas como veneno.
Uma década depois, em 2014, o Dr. Leo Schep publicou essa teoria no jornal médico Toxicology.

Na pesquisa, Schep afirma que o vinho bebido por Alexandre tinha heléboro. Essa planta era de conhecimento dos antigos gregos e, quando ingerida, causa sintomas parecidos aos relatados no Romance de Alexandre, que é uma coleção de lendas sobre as façanhas míticas de Alexandre, o Grande. O envenenamento por heléboro faz com que a vítima agonize por vários dias.

Em 2010, outra explicação para o envenenamento foi divulgada. Nessa hipótese, as condições para o envenenamento estariam compatíveis pela ingestão da água do rio Estige, que contém caliqueamicina, que é um composto tóxico derivado da bactéria Micromonospora echinospora.
Além da possibilidade de envenenamento, há ainda sugestões de doenças, como a febre tifoide e malária.
Doenças podem ter sido a causa da morte de Alexandre, o Grande
Em 1998, um artigo da New England Journal of Medicine dizia que o rei da Macedônia teria morrido de febre tifoide, que teria sido complicada por uma perfuração gastrointestinal e paralisia.

Uma análise mais recente indicou que Alexandre poderia ter tido meningite ou espondilite piogênica. Os sintomas relatados também se adequam a doenças como febre do Nilo Ocidental e pancreatite aguda.

Há quem diga também que a saúde do rei se deteriorou por conta dos ferimentos acumulados em batalhas e ainda pelas bebedeiras.
Ao perder seu grande amigo Heféstio, que foi educado junto com ele, Alexandre também ficou bastante triste, o que pode ter contribuído para seu estado de saúde.
